sábado, 7 de abril de 2012

METADE

Metade de mim tem desejos
Metade só quer se aquietar
Metade segue sonhando acordada
Metade acorda pra vida andar
Metade é um querer sossego, calmaria
Metade, um fogo querendo aventurar
Metade de mim se satisfaz em ser
Metade não sabe se contentar
Metade de mim quer a morte:
Estagnação serena de um cotidiano em paz
Metade, a agitação de um anseio à vida:
Uma turbulência dionisíaca infernal
DALVA DE CASTRO - ABRIL DE 2012